Brasil
Caso de Marielle é o 2ª envolvendo milícias durante base de Eduardo Paes
Outro caso envolvendo milícia ocorreu com a deputada Lucinha (PSD) em 2023
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A investigação sobre o caso de assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, que gerou a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) com suspeita de ser um dos mandantes do crime, é a segunda sobre a atuação de milícias durante a base do prefeito Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição.
A deputada Lucinha (PSD) foi alvo de operação com suspeita de envolvimento em milícias, em dezembro. O filho da aliada de Paes é integrante do primeiro escalão da prefeitura do Rio de Janeiro. Os casos envolvendo o prefeito devem fazer parte da campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como pré-candidato no Rio.
O ex-ministro Fábio Wajngarten, braço direto de Bolsonaro, afirmou neste domingo (24) que a prisão de Brazão deverá usada contra Paes. “Se minimamente trabalhada, a eleição da cidade do Rio acabou hoje [domingo]. Mãos à obra”, disse ele através do X (antigo Twitter).
A prefeitura afirmou, em nota, que a indicação de Brazão para assumir a secretaria foi através dos Republicanos depois da divulgação da delação do ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime. “Quando surgiram especulações sobre o caso, foi solicitada ao partido a indicação de um nome para substituí-lo e ele foi exonerado no início de 2024. A Prefeitura do Rio reforça seu apoio às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e espera que o caso seja elucidado pela Justiça”, disse o município, em nota.
O prefeito Eduardo Paes ainda não se manifestou sobre o caso da deputada Lucinha.
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