Moradores do Rio Vermelho ficam ilhados e acusam obra da Moura Dubeux de dificultar escoamento da chuva

Foram necessários três dias para que os moradores da Avenida Reis, localizada no bairro do Rio Vermelho, pudessem sair de suas casas sem terem água até o nível dos joelhos. Com a forte chuva que afeta toda a cidade, a região apresentou dificuldades no escoamento do acúmulo da água. Para quem enfrentou o transtorno, uma obra da Moura Dubeux, que gerou a demolição de um prédio no entroncamento da Rua Potiguares e da Avenida Juracy Magalhães Júnior, piorou a situação.

O alagamento teve início no domingo (7) e até a terça-feira (9) permanecia, causando transtornos para moradores de cerca de 10 residências. A família do professor e engenheiro Isaías Pinto, de 30 anos, mora há anos no local. De acordo com ele, a região já enfrentava problemas com chuvas por conta da diferença de nível das ruas, porém a água escorria. Agora, após a demolição de uma estrutura e início da obra de um empreendimento da construtora Moura Dubeux, parte da via foi obstruída fazendo com que a água demore aproximadamente 6 horas para escoar, estima Isaías.

O morador aponta ainda que diversos órgãos foram contatados, mas o problema continuou. “Foram abertos protocolos na Embasa e contato com a prefeitura de Salvador, que sinalizou que o problema não era de responsabilidade deles. Neste caso teria que ligar para a Embasa que, por sua vez,  jogou a responsabilidade na construtora e a construtora disse que nada poderia fazer”, diz Isaías.

Em nota enviada ao Metro1, a construtora Moura Dubeux disse que a empresa segue todas as normas necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores, além de minimizar impactos ambientais, para que sejam cumpridas corretamente as atividades. “Com as chuvas que têm caído na capital baiana, a empresa não vê relação do alagamento da Rua Reis com a demolição do imóvel”, concluiu o posicionamento da empresa.