Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Segunda-feira, 22 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Cultura

/

Nilton Bonder sobre filme Alma Imoral: 'Aproxima você de personagens muito humanos'

Cultura

Nilton Bonder sobre filme Alma Imoral: 'Aproxima você de personagens muito humanos'

Escritor defende que, apesar de o livro ter sido lançado há 20 anos, a história continua atual no país e no mundo

Nilton Bonder sobre filme Alma Imoral: 'Aproxima você de personagens muito humanos'

Foto: Daniel Bianchini/ Divulgação

Por: Juliana Almirante no dia 20 de agosto de 2019 às 12:31

O escritor Rabino Nilton Bonder falou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (20), sobre o filme  Alma Imoral, inspirado em seu livro homônimo. O documentário está em cartaz na Sala de Arte do Museu, no Corredor da Vitória, em Salvador. 

"É um filme sobre almas imorais. Sobre pessoas que estão na fronteira de várias áreas da vida, envolvendo a política, a questão do gênero, a questão artística, científica, várias áreas da vida em que as pessoas estão no 'front', negociando novas formas de entender e ver a vida", define. 

Bonder afirma que a obra que inspirou o longa já vendeu quase 300 mil exemplares aqui no Brasil  e, ao ser adaptado para o teatro, já foi visto por meio milhão de espectadores. 

"É filme muito humano, aproximando das pessoas que, à primeira vista, seria um transgressor. O filme aproxima você de personagens que são muito humanos e autênticos. É fácil odiar quando está na tela de um computador. Outra coisa é conhecer de frente a realidade da pessoa ao vivo. Isso traz empatia e uma relação muito mais humana. Acho que essa é uma das razões que deixa o mundo frio, individual. Em um lugar preocupante", aponta. 

O escritor defende que, apesar de o livro ter sido lançado há 20 anos, a história continua atual no país e no mundo. 

"A gente teve regressão nesse sentido e hoje a gente tem retorno de coisas difíceis de acreditar, de coisas que a gente acha que não pode ter no século 21. Linguagens mais discriminatórias, racistas, coisas que a gente imaginava que a consciência estava passos à frente", avaliou.