Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Economia

/

‘Falsa dicotomia’, diz José Pastore sobre escolha entre economia e saúde

Economia

‘Falsa dicotomia’, diz José Pastore sobre escolha entre economia e saúde

Ele defendeu o que chamou de “caminho do meio” para lidar com a crise, ao cuidar da saúde e proteger os empregos

‘Falsa dicotomia’, diz José Pastore sobre escolha entre economia e saúde

Foto: Eugênio Goulart/ Fecomércio SP

Por: Juliana Almirante no dia 07 de abril de 2020 às 11:53

O professor da USP e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomércio, em São Paulo, José Pastore, disse, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (7), que é uma falsa dicotomia ficar entre saúde e economia durante o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

“Eu penso que essa é uma falsa dicotomia, entre saúde e economia. Se não cuidarmos da saúde, daqueles que não precisam sobreviver e trabalhar, não vai haver trabalho e crescimento econômico no futuro”, declarou.

Ele defendeu o que chamou de “caminho do meio” para lidar com a crise, ao cuidar da saúde e proteger os empregos.

“O que se pode fazer é tomar caminho do meio, que todas as nações estão tomando. Que é manter as medidas de saúde bem rigorosas e ajudar, no que for possível, o campo social, com medidas voltadas para empresas, para que protejam empregos, voltadas para as pessoas diretamente. Para transferir para elas renda, para elas poderem sobreviver nesses meses difíceis e seguir por diante. Acho que a estratégia é essa mesmo, que o Brasil adotou e que temos que seguir dentro dela”, disse.

Pastore cita que nem mesmo o ministro Paulo Guedes têm colocado resistência para prestar apoio à população.

“Paulo Guedes não colocou nenhuma resistência, até agora, para acudir e dar socorro à população brasileira. Veja que um  programa de gastos gigantescos foi lançado. Ele deixou seu plano de lado porque não vai poder fazer isso. Não é hora de fazer conta. As pessoas tem que entender que a coisa mais importante para salvar são as vidas para depois salvar a economia”, argumentou.