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Conflito de Bolsonaro com governadores é 'queda de braço entre razão e insensatez', diz MK; ouça

Editorial

Conflito de Bolsonaro com governadores é 'queda de braço entre razão e insensatez', diz MK; ouça

Em comentário na Rádio Metrópole, Mário Kertész repudiou as declarações do presidente e celebrou a aprovação da renda básica emergencial na Câmara

Conflito de Bolsonaro com governadores é 'queda de braço entre razão e insensatez', diz MK; ouça

Foto: Matheus Simoni / Metropress

Por: Metro1 no dia 27 de março de 2020 às 08:33

Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (27), Mário Kertész repudiou a "insensatez" do presidente Jair Bolsonaro e demonstrou revolta com as mais recentes declarações do chefe do Executivo nacional, como a de que o brasileiro precisa ser "estudado" porque é capaz de "pular no esgoto" sem que nada aconteça com ele. MK ressaltou que a postura de Bolsonaro destoa até mesmo das ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o líder brasileiro tem como inspiração.

"Trump, que vinha na mesma linha que o presidente Bolsonaro vem adotando, ontem se dirigiu ao povo americano pedindo que todo mundo fique em casa. O presidente Bolsonaro disse ontem o seguinte: que o brasileiro precisa ser estudado porque você joga ele no esgoto, ele sai de lá e não se contamina com absolutamente nada. Baseado em quê ele disse isso? Eu não consigo entender. E está fazendo publicidade, eu vi um vídeo produzido, bonitinho, mostrando que o povo quer trabalhar, que nós temos que trabalhar, que o povo humilde precisa trabalhar. Eu não sei onde o presidente quer chegar. Em compensação, a equipe técnica do Ministério da Saúde disse ontem que em abril é que o bicho vai pegar, porque vamos ter três problemas: dengue, influenza e coronavírus. Mas ao mesmo tempo, o presidente tá pedindo que todo mundo volte ao trabalho na segunda, 30 de março. não consigo entender isso de jeito nenhum. (...) As únicas pessoas que falam sensatamente nesse governo são os dois técnicos, o Secretário-Geral e o Secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, porque até o ministro decidiu fraquejar. Se ele decidir enfrentar mesmo, vai acabar dançando, e eu até acho que vai ser pior se ele sair (...) Vamos ver o que acontece nessa queda de braço entre a razão e a insensatez. Entre todos os governadores e o presidente da República, que quer impor a sua vontade e não acontece nada", analisou.

MK ainda celebrou a aprovação da renda básica emergencial na Câmara dos Deputados, em votação ocorrida ontem (26). "Uma notícia boa foi que a Câmara Federal conseguiu aprovar esse auxílio de 600 reais, que o governo queria colocar 200 reais. E Bolsonaro já veio dizendo que era iniciativa dele. Você não vai dar nada, presidente. Se fosse por você e sua equipe, sairia apenas 200 reais, que ninguém sabe nem ainda como nem quanto", disse.

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