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'Me sinto envergonhado', diz MK sobre repercussão mundial da crise do coronavírus no Brasil; ouça

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'Me sinto envergonhado', diz MK sobre repercussão mundial da crise do coronavírus no Brasil; ouça

Em comentário na Rádio Metrópole, Mário Kertész ainda elogiou discurso do reitor João Carlos Salles na abertura do Congresso Virtual da Ufba

'Me sinto envergonhado', diz MK sobre repercussão mundial da crise do coronavírus no Brasil; ouça

Foto: Matheus Simoni / Metropress

Por: Metro1 no dia 20 de maio de 2020 às 08:34

Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (20), Mário Kertész se disse "envergonhado" com os recentes desdobramentos e consequências da condução da crise do coronavírus por parte do governo do presidente Jair Bolsonaro.

"O Brasil bateu mais um recorde. Ontem, mais de mil mortos pelo covid-19. Mas mesmo assim a gente não perde o humor e a alegria, não é não? O presidente Bolsonaro botou na rede social uma coisa engraçada, quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda toma tubaína. E cai na gargalhada. Pois é. O presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump já está dizendo que vai banir o Brasil dos voos entre os Estados Unidos e nós. O grande amigo, grande aliado, até ele tá dizendo 'Olha, o Brasil está tão infectado, tão malcuidado em termos de saúde pública que nós vamos ter que cortar as ligações'. Que vergonha, né? Eu me sinto envergonhado, sinceramente. Eu sei que tem gente que gosta, que acha que o presidente tá agindo tudo certo, tudo bem, mas eu me sinto envergonhado. E esse negócio de empurrar essa cloroquina de qualquer jeito... Será por conta dos grandes estoques que foram feitos desse negócio e o pessoal não tá sabendo o que fazer com eles?", ironizou.

MK também elogiou o discurso do reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, na abertura do Congresso da instituição, realizado pela primeira vez de maneira virtual devido à pandemia. "Eu me emocionei. Fico numa felicidade que não posso imaginar, de ver que nós temos na Ufba um foco fundamental de resistência ao obscurantismo", afirmou, exaltando também a participação do cantor Lazzo Matumbi, que cantou a canção "14 de Maio": "Procure no Spotify, preste atenção na letra, você vai ver como é isso, o Brasil até hoje racista, desigual, de uma elite cruel, que não está nem um pouco ligando pra mais de 50 milhões de invisíveis e mais de 3 milhões de brasileiros que não conseguem nem existir, porque não têm um documento que prove que eles existem".


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