Justiça
Ex-chefe da PRF completa 8 meses preso; dois pedidos de soltura foram negados
Silvinei Vasques está preso desde agosto do ano passado por suspeita de uso da máquina pública para interferir nas eleições, com a realização de blitzes que dificultaram o deslocamento de eleitores
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, completou oito meses preso. Ele está detido desde agosto do ano passado por suspeita de uso da máquina pública para interferir nas eleições, através da realização de blitzes que dificultaram o deslocamento de eleitores.
Dois pedidos de soltura já foram negados, e a defesa de Vasques apresentou uma nova petição para a saída do ex-diretor da Papuda no último dia 17, sob o argumento de que a prisão por tempo indefinido é ilegal. O caso não tem denúncia e um inquérito sigiloso investiga Silvinei e outros membros do governo Jair Bolsonaro por suposta interferência nas eleições de 2022. De acordo com a PF, a prisão é importante para produção de provas
A principal linha de investigação é que Silvinei tenha usado a estrutura da PRF para realizar blitze no segundo turno das eleições com foco em estados do Nordeste, nos quais Lula (PT) teve mais votos que Bolsonaro. Na nova petição em que pede a soltura de Vasques, a defesa do investigado diz que não faz sentido o argumento de que o ex-diretor da PRF deve permanecer preso para evitar que ele "influencie no ânimo das testemunhas".
O Código de Processo Penal estabelece que a prisão preventiva pode ser decretada por juiz no meio de uma investigação se comprovada a existência de crime e se a restrição à liberdade for importante para garantir a ordem pública ou econômica, para a conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.