Justiça
Dodge 'segurou' investigações contra Bolsonaro ao articular manutenção no cargo
Por outro lado, a assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que a análise dos processos respeitou a fila, sem dar privilégio por se tratar do presidente
Foto: Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, segurou por mais de 120 dias as apurações sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL), enquanto a articulava ser reconduzida ao posto de chefe do Ministério Público Federal (MPF) por mais dois anos, de acordo com a Folha.
Um dos casos é o de Wal do Açaí, revelado em reportagem da Folha durante a eleição do ano passado. A denúncia foi de que Walderice Conceição, moradora de Angra dos Reis (RJ), atuou como funcionária fantasma na época em que o hoje presidente era deputado federal.
Dodge também deteve o avanço das investigações sobre o caso que envolve Nathalia Queiroz, que era ligada ao gabinete de Bolsonaro na Câmara e trabalhava como personal trainer. O episódio também revelado pela Folha.
Nathalia é filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e o caso que se tornou estopim de investigações contra o filho do presidente.
Em resposta, a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que a análise dos processos respeitou a fila, sem dar privilégio por se tratar do presidente. Ainda nesta semana, Bolsonaro deve indicar o nome do novo titular da PGR.
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