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Juiz escreve em sentença que o Brasil vive ‘merdocracia neoliberal neofascista’

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Juiz escreve em sentença que o Brasil vive ‘merdocracia neoliberal neofascista’

Na decisão, o magistrado faz ainda críticas explícitas a ministros do governo Bolsonaro

Juiz escreve em sentença que o Brasil vive ‘merdocracia neoliberal neofascista’

Foto: Chris Ryan/Getty Images

Por: Lara Curcino no dia 20 de janeiro de 2020 às 07:05

O juiz do trabalho Jerônimo Azambuja Franco Neto escreveu, em decisão judicial na última quinta-feira (16), que o Brasil vive atualmente uma "merdocracia neoliberal neofascista", em processo julgado na 18ª Vara do Trabalho de São Paulo, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. “A merdocracia neoliberal neofascista está aí para quem quiser ou puder ver”, proferiu o magistrado substituto.

A ação julgada foi movida pelo Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Paulo. Azambuja condenou um restaurante a pagar indenização no valor de R$ 10 mil por danos morais e a demonstrar o pagamento do piso salarial, seguri de vida e de acidentes, além de assistência funerária aos funcionários.

Na sentença, o juiz ainda faz críticas explícitas ao  governo de Jair Bolsonaro e seus ministros, como Abraham Weintraub, da Educação, Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, Paulo Guedes, da Economia, além de Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humano. 

“O ser humano Weintraub no cargo de Ministro da Educação escreve ‘imprecionante’. O ser humano Moro no cargo de Ministro da Justiça foi chamado de ‘juizeco fascista’ e abominável pela neta do coronel Alexandrino. O ser humano Guedes no cargo de Ministro da Economia ameaça com AI-5 (perseguição, desaparecimentos, torturas, assassinatos) e disse que ‘gostaria de vender tudo’. O ser humano Damares no cargo de Ministro da Família defende ‘abstinência sexual como política pública’. O ser humano Bolsonaro no cargo de Presidente da República é acusado de ‘incitação ao genocídio indígena’ no Tribunal Penal Internacional”, escreveu ele.