Internacional
Comissão de Direitos Humanos registra novas mortes na Bolívia
Aumentou para pelo menos 23 o número de mortos, desde o final de outubro, início da crise social e política
Foto: Diego VALERO
Quatro pessoas morreram nesse sábado (16) em manifestações na Bolívia, de acordo com registros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Com os novos registros, aumentou para pelo menos 23 o número de mortos, desde o final de outubro, início da crise social e política, e para 122 feridos desde a última sexta-feira (15).
O governo de transição da Bolívia disse que o decreto que isenta polícias e militares da responsabilidade criminal, quando agem em situações de necessidade e sob legítima defesa, não é uma "licença para matar" e está enquadrado na Constituição e nas leis do país. O ministro interino da Presidência, Xerxes Justiniano, disse que a medida divulgada na sexta-feira (15) "não contribui para nenhum estado de maior violência", mas é um instrumento para "contribuir para a paz social".
A CIDH acusou a regra assinada pela presidente interina Jeanine Áñez, de ignorar os padrões internacionais de direitos humanos e estimular a repressão violenta. Na última quarta-feira (14), o ex-presidente boliviano, Evo Morales, pediu que o Papa Francisco e a ONU intercedam para "pacificar" o país.
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