Política
PGR ignora lei e não responde sobre trabalho da Lava Jato
Órgão, que tem como comandante o baiano Augusto Aras, não respondeu questionamentos da imprensa sobre atuação da força-tarefa
Foto: Marcos Brandão/Agência Senado
A Procuradoria-Geral da República (PGR), contrariando a Lei de Acesso à Informação e um ofício enviado ao órgão, não tem atendido pedidos de informação a respeito da dedicação de procuradores à Operação Lava Jato. A reportagem do portal UOL encaminhou o pedido e questionou quantos membros operação ainda se dedicam exclusivamente à força-tarefa e quantos dividem seu tempo entre a Lava Jato e outros casos. No entanto, a PGR, que tem como comandante o baiano Augusto Aras, não respondeu.
A Lava Jato tem sofrido derrotas em instâncias superiores, como derrubada da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O desgaste da Lava Jato na Corte se aprofundou após a divulgação de mensagens trocadas entre Moro e o coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol. As conversas, reveladas pelo site The Intercept Brasil, foram alvo de hackers.
O comportamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot — que afirmou ao jornal Estadão ter planejado matar a tiros o ministro do STF Gilmar Mendes — também pôs em xeque investigações do Ministério Público Federal e sua reputação. Deltan tem afirmado em eventos públicos que a operação segue em "pleno vigor" e vai continuar.
Neste ano, até outubro, a Lava Jato já realizou nove operações. Durante todo o ano passado, foram 11. No início de novembro, a Lava Jato apresentou à Justiça sua 24ª denúncia do ano. Com isso, 2019 já é o ano com o maior número de denúncias oferecidas desde o início da operação, em 2014.
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