Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 13 de abril de 2024

Política

Aras diz que citação por Bolsonaro de seu nome para vaga no STF causa 'desconforto'

Ao classificar a atuação do PGR como “excepcional”, o Bolsonaro disse que “o nome de Augusto Aras entra fortemente”, caso apareça uma terceira vaga na Corte

Aras diz que citação por Bolsonaro de seu nome para vaga no STF causa 'desconforto'

Foto: Isac Nóbrega/PR

Por: Matheus Simoni no dia 30 de maio de 2020 às 11:00

O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou "desconforto" com a citação do seu nome para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A menção foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que poderia indicar o atual chefe do Ministério Público Federal (MPF) para ocupar uma cadeira na Corte. 

Ao classificar a atuação do PGR como “excepcional”, o Bolsonaro disse que “o nome de Augusto Aras entra fortemente”, caso apareça uma terceira vaga - até 2022, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão a Corte. Após a repercussão negativa, o presidente tentou atenuar a repercussão negativa da declaração e escreveu, em suas redes sociais, que não cogita indicar o procurador-geral para uma dessas duas vagas.

"O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado", diz nota publicada no site da PGR. "Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal".

No texto, ele afirma que ao aceitar a nomeação teve o propósito de "melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo".

Aras vem sendo alvo de críticas internas no MPF por tomar medidas consideradas “pró-governo”, como o pedido, feito na quarta-feira, para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o inquérito das fake news, que atinge políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas.