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Chico Alencar diz ter sido surpreendido com envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso Marielle: "Já Brazão todo mundo sabe quem é"

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Chico Alencar diz ter sido surpreendido com envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso Marielle: "Já Brazão todo mundo sabe quem é"

Chico Alencar (PSOL) concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (26)

Chico Alencar diz ter sido surpreendido com envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso Marielle: "Já Brazão todo mundo sabe quem é"

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 26 de março de 2024 às 11:16

Atualizado: no dia 26 de março de 2024 às 11:34

O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) comentou, nesta terça-feira (26), que recebeu com surpresa a notícia do envolvimento do delegado Rivaldo Barbosa nos assassinatos de Mariele Franco e Anderson Gomes. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar 2º Hora, da Rádio Metropole, o parlamentar falou ainda sobre os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, também apontados como mandantes do crime.

"Eu estive algumas vezes com esse Rivaldo Barbosa, não era nenhum exemplo de delegado transparente, democrata, mas também não era ‘da banda podre’, não era dessa turma. Agora, quando a gente vê a delação do Ronnie Lessa e as investigações feitas, praticamente se comprovou que esse Rivaldo era sócio da empreitada criminosa. Não arquitetou, mas passou a colaborar ativamente”, disse o parlamentar. 

Em relatório feito pela Polícia Federal (PF), foi apontado que Barbosa teria feito a exigência de que o assassinato da vereadora não ocorresse próximo à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, para evitar que o caso fosse investigado por outras esferas do poder público. “É patético, inacreditável. Mostra como no mundo da política o cinismo e a hipocrisia são bens de primeira necessidade desse cretinismo que é dominante na política. Na política, não há segredo, todo mundo sabe quem era Brazão, há um mar de cumplicidades na política do Rio de Janeiro”, acrescentou o deputado. 

Milícias e condenação

Chico Alencar falou também sobre a atuação das milícias no Rio de Janeiro. Para ele, houve uma naturalização da presença desses e de outros grupos paramilitares no estado fluminense.

"Nada está tão ruim que não possa piorar na política fluminense [...] No Rio foi se degradando esse tipo de política ‘gangsterizada’ que começa lá atrás, quando ainda era o estado da Guanabara no tempo da ditadura. Foi adquirindo um caráter armamentista[...] muitas autoridades políticas do Rio de Janeiro falavam ‘milícia é autodefesa comunitária, é um mal necessário’. Isso foi crescendo e o crime capturou várias instituições do estado”, disse. 

Apesar da descrença na honestidade da política fluminense, o deputado tem esperança de que a Câmara dos Deputados aprove a prisão do deputado Chiquinho Brazão, que será analisada nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa. “Tomara que não seja ingenuidade minha. Eu estou acreditando que aprove a manutenção da sua prisão e depois o conselho de ética possa definir a cassação. Porque o grau de escândalo está indisfarçável”, comentou Alencar. 

Confira a entrevista na íntegra: