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Pesquisadora do Monitor do Debate Político avalia que próximas mobilizações bolsonaristas vão depender do resultado de processos do 8 de Janeiro

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Pesquisadora do Monitor do Debate Político avalia que próximas mobilizações bolsonaristas vão depender do resultado de processos do 8 de Janeiro

O grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital realizou 300 entrevistas entre os manifestantes presentes e apontou as principais bandeiras defendidas pelos manifestantes

Pesquisadora do Monitor do Debate Político avalia que próximas mobilizações bolsonaristas vão depender do resultado de processos do 8 de Janeiro

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 22 de abril de 2024 às 19:34

Atualizado: no dia 22 de abril de 2024 às 19:39

Cerca de 33 mil apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participaram, na do último domingo (21), de uma manifestação convocada na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento foi marcado por declarações de teor religioso e ataques ao presidente Lula (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Comparado ao último ato bolsonarista, no mês fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, a manifestação deixou a desejar, levando em consideração os 185 mil manifestantes presentes no episódio. Ainda assim, a pesquisadora Luiza Foltran, do grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), apontou, em entrevista à Metropole, que houve uma presença expressiva, que simboliza a retomada de uma mobilização.

“Foi um ato expressivo, sem dúvida colocar mais de 32 mil pessoas na orla de Copacabana não é algo pequeno. Embora esses números sempre sejam controversos, os organizadores tendem a colocar os números para cima, a oposição geralmente joga pra baixo, mas a nossa avaliação é que é um número sim muito expressivo. Mas também revela que, diferente do último ato que eles fizeram em Copacabana, em 7 de setembro de 2022, foi um ato mais enxuto, da sua base mais fiel”, avaliou.

Segundo a pesquisadora, o ato de Copacabana representa uma retomada de mobilização, já que desde o episódio do 8 de Janeiro, a ala bolsonarista “passou muito tempo sem ir para as ruas”. Desde o final do ano passado, apenas dois atos foram realizados, ambos em São Paulo: um em dezembro e outro em fevereiro. Apesar da diferença entre o volume de público, Foltran defende que ainda não é possível afirmar que há uma enfraquecimento dos atos bolsonaristas.

“Se ele está em uma tendência de crescimento ou de refluxo, a gente só vai ver a partir das próximas mobilizações. A gente tinha uma expectativa de ser maior, mas acho que o ato da Avenida Paulista que surpreendeu. O de dezembro tinha sido com 10 mil pessoas, o de fevereiro já tinha 185 mil, é um número muito alto. Mas tradicionalmente no Rio de Janeiro os atos são um pouco menores mesmo e esse número, ainda assim, é um número muito expressivo”, disse.

O grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital realizou 300 entrevistas entre os manifestantes presentes. Segundo a pesquisadora, a pauta deles era defensiva. “As principais bandeiras eram a defesa do Estado Democratico de Direito, mas uma bandeira por conta do medo do fim dos processo do 8 de Janeiro e o que pode acontecer com Bolsonaro, se ele pode ser preso”. Já o principal alvo entre os manifestantes era, segundo a pesquisadora, o ministro Alexandre de Moraes.

“É um ato que demonstra uma expressividade, mas com uma pauta muito defensiva. Essa mobilização vai depender do que vai ser dos resultados desses processos, se os atos golpistas chegarem em mandantes isso vai ter um efeito diferente do que pode ser essa capacidade de mobilização”, afirmou a pesquisadora sobre as próximas mobilizações.

Confira a entrevista: