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Diretor do Hospital da Bahia orienta doentes crônicos a não deixarem tratamento por medo do coronavírus

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Diretor do Hospital da Bahia orienta doentes crônicos a não deixarem tratamento por medo do coronavírus

Jadelson Andrade se preocupa com doenças que podem progredir sem tratamento

Diretor do Hospital da Bahia orienta doentes crônicos a não deixarem tratamento por medo do coronavírus

Foto: Divulgação

Por: Juliana Almirante no dia 07 de abril de 2020 às 09:32

O médico cardiologista e diretor do Hospital da Bahia, Jadelson Andrade, fez uma recomendação, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (7), para que pacientes com doenças crônicas, a exemplo de pessoas com problemas cardíacos, não deixem de procurar tratamento por conta do medo de infecção pelo novo coronavírus. 

Ele ressaltou os protocolos de segurança que a unidade hospitalar usa para evitar que pacientes gerais tenham contato com doentes com Covid-19, que ficam em ambientes isolados. 

“Nos preocupa os pacientes com doenças crônicas, que têm alta prevalência de mortalidade. Estou falando de doenças cardiovasculares. Estou falando do infarto, do AVC, da insuficiência cardíaca. Essas doenças que acabei de citar são responsáveis por 17 milhões de mortes por ano no mundo, 300 mil no Brasil. Então essas doenças, se não forem tratadas, há duas situações complexas. Não só essas doenças vão se manifestar pela sua alta prevalência nacional, como os pacientes vão se fragilizar, porque não estão indo aos consultórios e não entram em contato com seu médicos. Essas doenças vão progredir e começar a aparecer de forma consistente”, alerta. 

Andrade destaca que o mesmo pode ocorrer com pessoas com câncer, doença que mata 9 milhões de pessoas por ano no mundo. Por isso, ele orienta que o pacientes procurem os médicos e busquem orientação sobre como proceder para adotar procedimentos de segurança na ida a um hospital.

“Se o médico recomendar, procure uma máscara e vá. Tudo tem que ser com orientação médica. Nos preocupa a desassistência aos pacientes com doenças crônicas por conta do medo do coronavírus”, afirmou.