Saúde
Gestor do Hospital da Bahia projeta cenário de ‘saída e entrada' de colapso em junho
Gestor operacional do Hospital da Bahia ainda comentou uso da cloroquina na unidade e estudo sobre o remédio contra coronavírus
Foto: Tácio Moreira/Metropress
O médico bariátrico Marcelo Zollinger, gestor operacional do Hospital da Bahia, afirmou hoje (22), em entrevista a Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, que a unidade de saúde faz uso da cloroquina e participa de um estudo sobre os efeitos do remédio contra o coronavírus.
“O setor de infectologia do hospital me deu uma lista de medicações que poderiam ser utilizadas para tratamento do coronavírus. Muitos dos itens não possuem evidência clínica de que são adequados, estão ainda em pesquisas preliminares. Hidroxicloroquina e azitromicina estão entre eles. O hospital tem o remédio, já usou e participa de um estudo sobre a droga em parceria com um hospital de São Paulo. Mesmo assim, não posso dizer que essa é uma medicação que tem evidência clínica de que está resolvendo”, explicou ele.
Zollinger ainda comentou sobre a situação dos hospitais de Salvador e o iminente risco de ocupação de 100% dos leitos em meio à pandemia de coronavírus. O médico projeta que, no começo do próximo mês, as UTI’s privadas da capital baiana viverão cenário de entrada e saída constante de situação de colapso.
"Estaremos vivendo de entrar e sair de colapso. É por isso que eu tenho o cuidado de preparar a população, não enganar ninguém e sim trazer a informação de forma correta. Colapso vai existir, existiu em todos os países do mundo, é uma situação inusitada. Por isso a gente precisa cuidar dos nossos idosos, pacientes imunossuprimidos, porque eles são as principais vítimas desse processo”, disse o gestor do Hospital da Bahia.
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